Projeto cearense deve compor programa de combate à pobreza extrema

15 de junho de 2011 - 14:28

p>Projetos de desenvolvimento regional feitos pela Secretaria das Cidades do Ceará podem integrar o programa nacional de combate à pobreza extrema, lançado no início do mês pela presidente Dilma Rousseff. Os projetos desenvolvidos no Ceará se baseiam em financiar a produção coletiva de baixa renda oferecendo estrutura e maquinário a grupos de trabalhadores que já desenvolvem atividade econômica na região.
A grande vantagem desses projetos é o baixo custo. Pela experiência cearense o investimento por família foi de apenas R$ 2.000 e o retorno foi o aumento da renda.
Os custos do investimento inicial são divididos entre o governo do Ceará, por meio do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Fundo Social. Para cada real que o estado colocar, o Banco coloca um real. No Ceará, já foram investidos R$ 13,5 milhões em dois editais da Secretaria das Cidades.
Segundo Eduardo Lins de Carvalho, gerente da área de inclusão social do Departamento de Economia Solidária do Banco, a idéia é adotar a tecnologia que já existe no Ceará como uma ação do programa nacional de combate à pobreza extrema. A proposta já foi apresentada ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). ?O Ceará ofereceu essa tecnologia e o BNDES propôs a outros estados que utilizem um fundo semelhante ao de combate à pobreza (Fecop) e mais os recursos do BNDES em prol de um terceiro. Esse terceiro seria a população que não consegue alcançar crédito. Os principais critérios são: ser projeto produtivo, ser coletivo e ser para baixa renda?, afirma.
A grande vantagem dos projetos produtivos coletivos de baixa renda é que o investimento é considerado baixo e o retorno beneficia diversas famílias utilizando a vocação da própria região. ?Esse modelo já está sendo implantado em outros estados, sobretudo no Nordeste. Somente um estado não está incluído. Agora, os estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estão interessados nesse modelo?, diz Carvalho.

Experiências cearenses
    Os projetos produtivos coletivos de baixa renda começaram, no Ceará, com 25 grupos de produtores cuja renda familiar variava de meio a dois salários mínimos. Foram investidos cerca de R$ 3,5 milhões para beneficiar cerca de 1.750 famílias, numa relação de cerca de R$ 2 mil por família atendida.
    Um dos projetos é o da Associação dos Artesãos de Campos Sales, que recebeu um investimento de R$ 38.327,30 para atender 18 famílias com renda mensal até R$ 250. Com a aquisição de máquinas e equipamentos, os produtores passaram a fornecer para novos mercados utilizando, entre outros materiais, papel reciclado.
Já os produtores de caju de Palmeiras, em Beberibe, passaram a fornecer cajuína para as escolas públicas da região, além de vender para o mercado. O investimento em equipamentos foi de apenas R$ 120 mil beneficiando cerca de 50 famílias. Com os recursos são adquiridos equipamentos e construída uma fábrica para o beneficiamento do caju.
Além de Beberibe e Campos Sales, o primeiro edital do Fecop/BNDES atendeu também Ocara, Tianguá, Canindé, Crato, Jardim, Tejuçuoca, Paramoti, Mauriti, Limoeiro do Norte, Icapuí, Tauá, Várzea Alegre, Paracuru, Quixadá, Morada Nova, Ibiapina, São Benedito e Viçosa do Ceará.

Secretaria das Cidades
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